A Dúvida Face A Ideologia
É verdade sabida que o STF deixou de lado a imparcialidade nos seus julgamentos quando optou pela politização como razão de julgar, por isto, cada decisão proferida (certa ou errada) gera dúvida e faz balançar a chamada segurança jurídica. E para a democracia é tão ruim como prego na sola do sapato. Por quê? Porque para os operadores do Direito e os jurisdicionados, a falta de credibilidade de qualquer Juiz ou Tribunal, gera o descrédito na Justiça e isto reflete negativamente na ordem cívica do país. Um exemplo? O Xandão agora, depois do Bolsonaro e outros terem se tornado réu em processo que lhes imputa a prática de golpe e a cogitação do assassinato do Luiz Ignácio, decidiu, agora, arquivar o inquérito policial que também implicava o ex-Presidente no rumoroso caso das vacinas do COVID.
Será que esta decisão foi certa ou não? Ou foi política, pois o intuito de tornar o Bolsonaro réu (e por consequência inelegível) já foi alcançado, e o arquivamento em comento cria uma imagem de imparcialidade do relator (por ser o mesmo nos dois procedimentos), amenizando, assim, as críticas mais acerbadas contra a Suprema Corte. E quem pode dirimir tal dúvida? Com certeza, ninguém, pois bola de cristal até existe, só que nela ninguém consegue desvendar absolutamente nada. Usei deste introito para realçar que tanto nos três Poderes do Estado quanto em qualquer Instituição ou Entidade Publica, e nestas estão as Universidades Públicas, quando suas direções abraçam cores política-partidárias ou ideologia castradora, todas as decisões de seus órgãos colegiados (como o chamado Conselho Universitário), também dão causas há muitas dúvidas. Vamos dar um exemplo. No jornal “O Estado de São Paulo” (de ontem) sob o título “Justiça Decide Que USP Deve Diplomar Aluno Expulso”, reformando, assim, decisão majoritária do Conselho Universitário, que no último ano da Faculdade de Direito, expulsou um aluno por ataque às mulheres e por ser adepto do Nazismo. Contudo a Juíza da Causa, na sua fundamentação de decidir, disse não ter encontrado nenhuma prova que sustentassem tais acusações. A USP vai recorrer da decisão. Sem entrar no mérito, cabe, aqui, ressaltar uma outra verdade sabida, a de que a cúpula da nominada Universidade está povoada de pessoas da referida ideologia castradora.
Daí a dúvida: o aluno em questão por acaso não era adepto da “direita radical”? Não seria este o motivo de sua expulsão? Eis a questão.
E tudo por quê? Porque as Universidades Públicas Federais desde a implantação das eleições para escolher seu dirigente maior, caiu no gosto dos esquerdopatas que não admitem conviver com alunos que pensem de maneira diferente. Verdade ou mentira? Só sei que existe uma só verdade: nos lugares abafados, tanto pela esquerda como pela direita, todas as decisões emanadas são duvidosas porque professar ideologia, cega os julgadores, os militantes, e por isto, nem sempre a verdade prevalece…
“É aquela história: pau que bate em Chico também bate em Francisco; assim como: quando o milagre é muito grande, dá para desconfiar do Santo. Parece que uma coisa nada tem a ver com a outra, ou tem? Não sei.
Mas se puder pensar um pouco, é possível encaixar tudo isto, como desfecho desta crônica.”