Onde Vai o Dinheiro?
Quem neste país não gostaria de saber para onde vai a receita arrecadada pela diretoria brasileira da Itaipu Binacional? Pois é, este é um mistério que poucos sabem, mas com certeza muitos usufruem. E tudo sem uma explicação razoável, porque a receita devida ao governo brasileiro não é fiscalizada pelo TCU. A dita cuja empresa é a verdadeira casa da Mãe Joana, o diretor e demais comissionados podem livremente e a bel prazer destinar o dinheiro arrecadado para quem o governo federal quiser, ou a diretoria decidir, pois os integrantes do Conselho que têm o dever de aprovar referidas contas são pessoas nomeadas pelo próprio Presidente da República, portanto ganham muito bem para ficar de olhos e bocas fechadas. Pelo gigantismo da empresa é forçoso admitir que a arrecadação mensal decorrente da venda de energia elétrica (apenas quanto a parte brasileira) deve alcançar somas significativas de dinheiro público, não tendo nenhum cabimento que não exista contabilidade pública e fiscalização de quem de direito. E mais: ninguém sabe quanto ganha cada um dos ungidos que ocupam os cargos comissionados e muito menos o seu pessoal de Carreira. E devem ganhar muito bem, pois nunca soube de nenhuma manifestação dos empregados da Itaipu reivindicando publicamente aumento de salário. Logo a verba mensal deve ser muito, mas muito boa, mesmo. E a imprensa não questiona referidos ganhos, nem os políticos, e nem mesmo o Ministério Público federal , pois afinal sendo este o Fiscal da Lei não pode ignorar a transparência, e o dever que tem de fiscalizar as aplicações do dinheiro público. A Itaipu é o nosso Vaticano por ser um governo paralelo dentro do país, que guarda segredos a sete chaves, administra dinheiro nas catacumba, aprova suas próprias contas e internamente é regido por leis próprias. E não é de duvidar que tenha internamente a sua própria polícia para sua segurança. A grosso modo poderíamos também dizer que é um Poder que integra o Estado brasileiro. Em pleno século XXI não é possível que um empresa pública não seja fiscalizada e que o dinheiro arrecadado, que sabidamente se presta como financiamento para diversas pessoas físicas ou jurídicas, permaneça sob s espessa fumaça do anonimato. É como o dinheiro da OAB federal, para onde vai ninguém sabe, pois fora de seu campo de atuação, ninguém nunca viu nem um esboço de prestação de contas…
“Dinheiro público arrecadado por órgão federal deve ser fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União; pois não é crível pensar que a sua destinação seja mantida em segredo. A transparência e a publicidade, no setor público, são dois alicerces de moralidade e atestado de honestidade dos agentes públicos.”