Manual facilita informações sobre lesões de atletas em jogos olímpicos
A Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (Sbrate) disponibilizou em seu site (www.sbrate.com.br) o Manual Básico de Traumatologia no Esporte para os profissionais da imprensa. O manual foi lançado tendo em vista as Olimpíadas deste ano, no Rio de Janeiro, para explicar de maneira simples a jornalistas as possíveis lesões sofridas por atletas nas atividades competitivas. A publicação tem o apoio da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
O manual, organizado em verbetes de ordem alfabética, tem 20 páginas e foi escrito por importantes especialistas em Traumatologia Esportiva – Sandro Reginaldo, Moisés Cohen, Paulo Lobo Jr, Ricardo José do Couto, Lúcio Ernlund (presidente da Sbrate), João Alves Grangeiro Neto (diretor médico dos Jogos Olímpicos Rio 2016), André Pedrinelli, Edilson Thielie, José Luiz Runco e Fábio Krebs Gonçalves. A ilustração é de Muniz Filho e o crédito das fotos é da Pixabay.com.
“Acreditamos na importância da informação e temos certeza de que o material colaborará ainda mais com a precisão das notícias médicas divulgadas durante os jogos olímpicos”, explica o presidente da Sbrate. Segundo o diretor médico dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o manual foi criado para uma correta comunicação dos profissionais da imprensa com o imenso público que irá acompanhar as Olimpíadas em nosso país.
Estudos realizados em jogos anteriores apontam a distribuição das lesões ocorridas em atletas durante a participação nos eventos: aproximadamente 55% das lesões ocorrem nos membros inferiores; 20% acometem os membros superiores; 13% comprometem o tronco; 12% destas lesões encontram-se na cabeça e no pescoço. A coxa (13%) e o joelho (12%) são as estruturas mais lesionadas, seguidas das pernas, tornozelo e das lesões de cabeça (9%).
Ainda de acordo com os estudos, a incidência de lesões varia muito entre os diferentes esportes. Aqueles que oferecem maior risco são o futebol, rúgbi, taekwondo, hóquei de grama, handebol, levantamento de peso e o boxe. Os esportes de água são os que apresentam menor índice de lesões, entre eles o iatismo, a canoagem, o caiaque, o remo, o nado sincronizado, os saltos ornamentais e a natação. O estudo ressalta ainda que quando essas lesões afastam os atletas dos treinamentos ou da competição, somente 17% deles ficam afastados por mais de uma semana.