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Ago30

A Verdade Nua e Crua

Postado por Edson Vidal Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 201

Tive a feliz oportunidade de ter vivido intensamente a vida pública e por isto me considero protagonista e as vezes testemunha de fatos que  é de total desconhecimento da grande maioria das pessoas. Pudera, pois ingressei no Ofício Publico aos 14 anos de idade como menor e dele só me afastei compulsoriamente ao completar 70 anos, período em que exerci relevantes cargos comissionados junto ao Poder Executivo e outros de caráter vitalício, em razão de minha carreira profissional quando iniciei  como Tarefeiro Nível 1, do Quadro de Servidores Públicos (ganhando 1 salário mínimo por mês), depois como Promotor de Justiça e Procurador de Justiça do Ministério Publico e terminei como desembargador do Tribunal de Justiça. 

Nesta crônica vou contar o episódio de quando resolvi deixar o cargo comissionado de Diretor-geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública para retornar ao Ministério Público. Estive na referida secretaria  no período do governo Álvaro Dias quando foi  titular da pasta o então Procurador de Justiça Antônio Lopes de Noronha, exemplar cidadão e honrado homem público, que me convidou para ser o seu substituto legal como Diretor-Geral. Permaneci    no cargo por três anos e dois meses quando pedi minha exoneração, contrariando a vontade de meu amigo Noronha que insistiu pela minha permanência até o término do mandato do governador. Agradeci mas por motivo de ordem pessoal mantive minha decisão. 

O motivo ? Será o pano de fundo desta minha crônica. Tudo caminhava muito bem na secretaria sob a batuta eficiente de um Secretário de Estado que dominava como poucos  os problemas agudos do setor coordenando com mãos firmes as ações das Policias Civil e Militar em todo o estado. Foi uma época em que o MST estava em efervescência  invadindo propriedades particulares produtivas e destruindo tudo que encontrava pela frente, agindo acintosamente contra a lei.  Era um verdadeiro bando de guerrilheiros desocupados a serviço de uma fação ideológica que ainda objetiva afrontar a ordem e a paz social. Numa dessas empreitadas criminosas o MST invadiu uma área de reflorestamento pertencente à uma empresa especializada, afastando os funcionários mediante ameaças com armas de fogo, foices, porretes e facões para ficarem assentados na rica propriedade. 

É claro que a empresa proprietária ingressou com as medidas judiciais cabíveis pretendendo a imediata reintegração do imóvel turbado para evitar que toda a plantação fosse dizimada. O Juiz da causa de pronto concedeu liminar para restituir a área invadida à autora, determinando que a desocupação fosse efetivada pelo Oficial de Justiça com auxílio da Polícia Militar. Eu fui encarregado de providenciar as condições logísticas e financeira para dar o devido cumprimento a ordem judicial. Coube à PM elaborar o planejamento estratégico para a desocupação. 

Neste lapso de tempo foi que recebi no meu gabinete um ilustre professor de direito da USP, então advogado da reflorestadora, que ofereceu toda logística necessária para retirar os invasores da área, inclusive propondo pagar a comida dos militares destacados para a missão. Claro que a ajuda viria a calhar e facilitar (em muito) as despesas do erário tão necessárias para o deslinde do caso. Na oportunidade respondi ao Advogado que estava sendo ultimado o planejamento da PM e uma vez concluído a decisão judicial seria cumprida. Ele agradeceu e terminamos a nossa conversa. O tema da reunião foi levada ao conhecimento do Secretário que gostou muito da ajuda oferecida. Dias depois o planejamento  formulado pela PM chegou e o Secretário pediu a devida autorização do governador Álvaro Dias para dar cumprimento a ordem judicial. Os dias foram passando e do Palácio Iguaçú não chegava nenhuma resposta. Fiquei incomodado porque como Promotor de Justiça eu sabia que decisão de Juiz deve ser cumprida e ponto final. 

O Noronha foi então falar com o governador e este lhe disse que seria temerário cumprir a decisão pois muitos invasores estavam assentados na propriedade e poderia resultar num confronto com a PM, com resultados imprevisíveis. E se negou em dar a autorização de desocupação da área invadida. O Secretário então me transmitiu a conversa que teve com o Álvaro Dias. Eu fiquei indignado com a situação. O Advogado da firma ao tomar conhecimento de que o planejamento da PM tinha sido concluído e remetido à secretaria há muito tempo, retornou ao meu gabinete. Fiquei envergonhado ao atendê-lo e mais ainda quando lhe transmiti que o governador se negara a cumprir a decisão do Juiz. Li no seu rosto a sua frustração e quando ele deixou meu gabinete fui diretamente falar com o Secretário e lhe transmiti   o meu pedido de exoneração do cargo. 

Foi o motivo pelo qual no dia seguinte reassumi meu minhas funções como Promotor de Justiça titular da 1a. Vara Criminal de Curitiba. O porquê do Juiz não ter honrado o cumprimento de sua própria decisão não sei explicar, sendo certo, também, que o Requião quando governador nunca autorizou nenhuma desocupação de área invadida. Aliás ele próprio, anos depois, com auxílio de um capataz incentivava que sem tetos invadissem áreas públicas da Prefeitura da Capital para perturbar a administração do prefeito Greca. Daí sim, as decisões judiciais foram todas cumpridas sendo que em uma delas o capataz referido foi preso e eu era o Secretário de Estado da Justiça. Um outro episódio inusitado e cheio de lances de bastidores, que me reservo para contar num outro dia …

“Eu mesmo como Presidente do TRE descumpri decisão monocrática do Toffoli, só que ela era tecnicamente inexequível. Mas decisão  de Juiz, quando perfeita e legal, deve ser cumprida sem choro e nem vela. Pode até ser alvo de criticas, mas jamais ser olvidada. Cabe ao Juiz zelar com rigorosa  fidelidade a respeitabilidade de sua jurisdição.”

Édson Vidal Pinto

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Blog da Bebel

A Floresta em Chamas - Ópera Infantil

Ópera infantil A FLORESTA EM CHAMAS do Maestro Edilberto Vasconcelos (in memorian)  e   do dramaturgo Jul Leardini, levando obra teatral e musical para  a  população  e  divulgando  compositores  e artistas paranaenses, abordando um tema muito importante no mundo atual que são as queimadas criminosas em nossas florestas.

 

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AP da 13 oferece 25 vagas gratuitas para curso de Produção e Gestão Cultural

Com a ideia de fomentar o acesso ao fazer cultura, a Sopro Produções e a Cardume Cultural, promovem a seleção de 25 artistas das artes cênicas de regiões descentralizadas de Curitiba para uma imersão de três meses em curso presencial que propõe conceitos de produção, elaboração de projetos e gestão cultural

 

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“Conta-te” nova produção da Sociedade Poética estreia em Curitiba

Escrita pela autora e diretora, Pagu Leal, a comédia traz 3 atrizes de diferentes idades  fazendo 3 atrizes de diferentes idades que mesclam suas vidas ao processo artístico da construção  de uma peça de teatro, sensível e poética, com o tema: assédio moral. A primeira temporada gratuita no Teatro Cleon Jacques, será de 17 a 28 de abril.

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

Atrasado não é fake

 No Facebook não são poucas as postagens que tratam de fatos pretéritos como sendo atuais, cenas gravadas mas requentadas de semanas, meses e até de alguns anos atrás que lemos e muitas vezes encaminhamos para amigos e parentes. Ontem aconteceu comigo esta barrigada. Como sabido no final da última semana três conhecidos ministros do STF -Gilmar, Tofoli e Xandão- estiveram passeando em Londres às custas de empresa particular que lhes pagou (por quê será ?) todas as despesas, para participarem de um evento secreto (pois a imprensa não teve acesso) sobre o Brasil.

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Hora de demitir essa gente

 O país está de pernas para o ar, não dá mais para entender tantas besteiras que acontecem, tudo a olhos vistos e sem aparente contestação. Parece que aqueles furacões que arrasam cidades nos EEUU estão devastando a nossa democracia e causando danos consideráveis em nosso ordenamento jurídico.

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Eles não criam jeito

O Poder enebria se o ocupante de cargo público não tiver os pés no chão e formação moral vinda do berço. A família é a escola do indivíduo porque nela são transmitidos exemplos e valores, não precisa ser rico pois o ensino da ética e da moral também é base de uma família pobre. Claro, nem sempre os frutos de uma boa cepa saem saborosos, alguns são azedos e outros mal formados porque sofrem influencias  externas de terceiros. A propósito lembrei de uma conversa amiga que tive com o saudoso des. Guilherme de Albuquerque Maranhão, quando ele no cargo de Procurador-geral de Justiça

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

 Nunca duvidei desde muito tempo que o tal do Dino seria indicado pelo Luiz Ignácio  como candidato ao STF na vaga da Rosa Weber; e a previsão se confirmou

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Italianos e o Churrasco...

Quando criança, íamos passar o final de semana na chácara em São Luiz do Purunã. Me recordo de acordar aos domingos com o sino da igreja soando de maneira extremamente delicada, é algo que até hoje tem um significado

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Os amantes das comidas típicas de bares assim como eu, poderão se deliciar com o 1º Festival de Petisco de Curitiba

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Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Barreado fora de Morretes!!

Com esses dias frios, nada como comer bem. A dica de hoje é uma tradicional receita do litoral Paranaense: o barreado. Mas nem só em Morretes, podemos degustar essa maravilha e por isso mesmo listamos algumas opções locais imperdíveis

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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Com aulas didáticas e metodologia simplificada, o curso de design de sobrancelhas, ministrado por Livia First, ensina os segredos para quem deseja se aprimorar ou entrar neste vantajoso segmento da estética facial.

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