Colcha de Retalhos
Não é fácil no meio de uma guerra de informações e contra-informações saber ao certo o que é fake e o que é verdade. Confundir a verdade dos fatos foi um estratagema muito usado na II Guerra Mundial para não infundir entre os combatentes o pavor do derrotismo, como, também, para manter sempre em alta o espírito vitorioso do povo envolvido no conflito.
Sem a esperança de ganhar os ânimos ficam arrefecidos e a tropa perde a voz de comando. Na época de eleições dita prática é usada por todos os candidatos e grupos que esperam alcançar a vitória nas urnas, onde a propaganda e a notícia se prestam para embalar o imaginário dos eleitores e deixar mais transparente um nome quase certo para a vitória.
E nesse particular os Institutos de Pesquisas fazem a festa e apresentam números mirabolantes em favor de seus candidatos preferidos, embora ninguém saiba ao certo onde, quantas e quais pessoas foram efetivamente ouvidas em cada enquete. Tais empresas são verdadeiras Caixas de Pandora. Acreditar ou não ? Eis a questão.
Fica na vontade e no discernimento de cada um responder e ponto final. A grande verdade é que no ano político as informações mais parecem uma colcha de retalhos pois não tem um mesmo padrão de credibilidade e são entremeadas por acréscimos de comentários tendenciosos e omissões daquilo que não interessa divulgar.
A cabeça do eleitor fica numa encruzilhada e cada um retira do texto aquilo que melhor lhe convém. Para a esquerda o Luiz Ignácio que sabidamente é um escroque e mentiroso está eleito e já pode até escolher os nomes dos seus futuros ministros de estado; para os eleitores do Bolsonaro cada dia que passa é um dia a menos para ele ficar no poder; e para os demais candidatos só resta a esperança, por ser esta a última que morre.
Na aparência das notícias a vaca governista já foi para o brejo e o Luiz Ignácio com o apoio irrestrito do STF está nesta hora tirando as medidas no alfaiate que irá confeccionar seu traje para a posse oficial.
Será mesmo ? Logo ele que não pode aparecer em público porque é vaiado, tripudiado e chamado de ladrão. Mas este é o cenário político do momento e que o eleitor está farto de saber -, mas será que no final do certame a previsão se confirmará ?
Se os marqueteiros estão vendendo esta idéia com ajuda da imprensa, apesar das fotos provarem que onde o Bolsonaro aparece consegue aglutinar ao seu redor número expressivo de simpatizantes, será a primeira vez na História da República que um candidato será eleito sem sair de casa. Um feito inédito nos países democráticos.
E é bem isto que os estrategistas do Lulapetismo querem incutir na cabeça dos eleitores, que ele está firme forte na disputa e prestes a chegar em primeiro lugar no final do pleito.
Não acredito nesta hipótese apesar de saber que pessoas letradas e instruídas acreditam na vitória do Luiz Ignácio, pois preferem anular o voto ou deixar de votar do que eleger um homem honesto. Claro que honesto mas imperfeito em suas predileções, nos seus arroubos de oratória e nas opções na hora de agir.
A preferência por um ladrão só tem mesmo lógica num “país que não é sério”. Se for este o caso só restará um saída para não chorar : começar a rir desde já, sem parar, tal qual fazem a hienas …
“No cenário político não dá para aceitar as notícias como verdade inconteste; estas apenas tentam minar a vontade do eleitor. Na última eleição o Haddad estava eleito e o Bolsonaro não tinha a menor chance de vitória. E deu no que deu. Ninguém é eleito na véspera do pleito.”
Édson Vidal Pinto