Quem Faz Quem?
Dias atrás escrevi uma crônica sobre as escolas públicas e particulares que despertou inusitado interesse dos leitores, muitos deles professores eméritos e estudiosos sobre o assunto que se posicionaram na defesa do excelente ensino ministrado pelos estabelecimentos particulares e reconheceram que o mesmo não ocorre nas escolas públicas. Claro que com exceções para ambos os lados.
Vou me permitir nestas próximas linhas avançar um pouco mais no aborde que fiz, para fazer uma única pergunta : é a escola que faz o aluno ou o aluno que faz a escola ? Parece simples de responder mas se conjecturarmos um pouco mais a respeito o tema fica indigesto.
Num raciocínio lógico parece evidente que todo aluno que fez seu aprendizado em uma escola de excelência tem todas as possibilidades de se destacar na vida estudantil, induzindo acreditar que a boa escola é que faz o aluno. E não coloco em mira os Cursos Superiores pois estes a rigor deveriam primar sempre pela meritocracia com portas estreitas para seu ingresso e sem privilegiar e nem diferenciar classes sociais.
Claro que esta visão merecerá críticas dos que defendem que portas não muito abertas quebrará a isonomia entre os alunos de uma mesma Nação, pois aqueles que estudaram em escolas públicas deficientes jamais terão a chance de cursar uma Universidade.
Ora, para estes estão acessíveis às Escolas Profissionalizantes que propiciam ótimos cursos, empregos garantidos e sucesso pessoal. Em todo o mundo as Universidades dão igual tratamento para todos os candidatos, lembrando que nos países mais desenvolvidos sem pagar mensalidades ninguém consegue cursar nenhuma faculdade, podendo no entanto se valer de financiamento para futura quitação.
No Brasil as Universidades públicas são gratuitas e custeadas pelos contribuintes. Um absurdo para um país economicamente remediado. Mas voltando ao âmago da questão que é a formação educacional dos alunos. Tem estudantes que nunca frequentaram escolas modelos e conseguiram com seus próprios esforços superar as adversidades e adentrar no mundo universitário.
E depois de formados tornaram-se profissionais de relevo. É forçoso reconhecer que estes alunos é que fizeram o conceito das escolas que frequentaram. E nem todos foram autodidatas porque muitos tiveram que estudar com afinco para conseguir transpor os obstáculos de um ensino deficiente.
Dito isto ouso concluir que é o aluno que faz a escola, pois esta por melhor que seja não conceitua o aluno se este não tiver aptidão para o estudo.
Uma boa escola de ensino fundamental ajuda muito na formação do estudante mas não lhe garante o sucesso profissional. Claro que ajuda porque dá bagagem e aval para futuro mas nenhum passaporte para adentrar na Universidade.
Esta por ser um espaço em que predomina o mérito individual não distingue de onde o candidato vem, se é de uma boa escola ou não, porque sem garra e inspiração ninguém está garantido de entrar por uma porta estreita…
“Cursar Universidade não deve ser com benesse do Estado; o estudo acadêmico é reservado para poucos e exige mérito do candidato. Diploma deve ser d
ocumento oficial de alta qualificação profissional e não mero atestado de conclusão de curso.”Édson Vidal Pinto