Abominável Violência
A crescente onda de criminalidade que tomou conta do país só não é sentida por quem nunca (ainda) sofreu na pele o dano psíquico ou a dor física da brutalidade, pois as sequelas causadas nas vítimas, são de consequências imprevisíveis. E digo isto por conhecimento próprio. Foi num sábado pela manhã, do mês de janeiro (década de 1.970) na praia de Copacabana - RJ, quando em férias com a família, eu e meus dois filhos (estes menores de idade) fomos assistir um jogo de futebol entre jogadores famosos, bem próximo do Posto 5, imediações da rua Santa Clara com a Av. Atlântica, enquanto meus meninos ficaram próximos da calçada eu resolvi assistir do outro lado do campo de areia, perto do mar. A partida tinha iniciado e eu fui olhando o jogo e caminhando para me posicionar num espaço que me desse mais visibilidade. E distraído não vi que, nas imediações, estavam assaltando a mão armada uns turistas franceses, foi quando senti um golpe muito forte que abriu meu supercílio e o sangue escorreu pelo meu rosto e encharcou minha camiseta. Instintivamente fechei meus olhos e pensei: “Com certeza levei uma “bolada” no meu rosto!” E quando abri meus olhos vi um indivíduo, de cor negra, correndo no meio dos jogadores, quando atinei ter sido ele o agressor. Outras pessoas que viram a cena se aproximaram para me socorrer. Foi um trauma e tanto. Meus filhos quando me viram ficaram assustados, fui a um posto médico onde fui atendido. No dia seguinte, minha mulher e eu interrompemos nossa estadia na cidade e retornamos à Curitiba. Nós íamos todos os anos ao Rio e deste este episódio nunca mais retornamos, lembrando que naquele tempo a violência nem de perto se comparava com o que hoje acontece naquela Cidade Maravilhosa. Lembro que quando percebi que tinha sido agredido, subiu o sangue, se eu estivesse armado de revólver eu teria cometido um desatino. Sofrer violência é abominável. Até hoje eu tenho gravado na memória a imagem do agressor. E isto me leva a pensar que graças a Deus não fiquei com sequelas físicas, pois quem fica, com certeza, dependendo da gravidade padece de muito sofrimento. É o caso do Bolsonaro, vítima de um complô político, que quase morreu com um facada no estômago, desferida por um assassino frio e bem pago. Pode ser que você não tolere a pessoa do ex-Presidente por ene motivos, todavia, com certeza, você não ignora o seu sofrimento. Uma única facada e tantas internações, cirurgias e perigo de morte. E o pior: um fato cuja trama não foi até hoje explicada pela Polícia Federal, órgão responsável pela investigação, nem pelo MP federal para a punição de seus autores. Tudo ficou no vazio e conjecturas. E pensar que hoje a violência está em todas as partes, com marginais perigosos e narcotraficantes colocando vidas humanas em constantes perigos, graças a um governo federal de gente miúda, de baixo quilate moral e nenhuma vontade efetiva de querer combater os crimininais. Chega dar até a opressão de que existe um liame dr cumplicidade entre o governo e os fascínoras. E com isto quem sofre é a população, que fica impotente a mercê da tirania e da violência, desarmada, acuada, e com medo de sair de casa para comprar um remédio na farmácia da esquina…
“Combater o crime é tarefa do Estado Democrático de Direito, amparando e dando cobertura para que suas polícias possam agir, sem receio de serem seus agentes punidos. Salvo quando excesso extrapolar demais os limites de suas ações. É uma guerra civil, pelo ponto que chegou a criminalidade no país.”