Justiça bandida
No Estado paralelo do narcotráfico a justiça é rápida e certeira, pois o tribunal formado por marginais não perdoa nem os próprios asseclas quando estes erram o alvo. Tal qual aconteceu no Rio de Janeiro no triste episódio da morte de três inocentes médicos, executados por equívoco por pistoleiros do tráfico. A repercussão decorrente de uma das vítimas ter sido o irmão de uma deputada federal do Psol, tomou proporções tão gigantescas a ponto de inflamar o próprio governo federal que cobrou das autoridades policiais do Rio, rigorosas providências para identificar e prender os autores dos homicídios. É claro que o aparato repressor do estado teria que se movimentar e isto implicaria em perigoso incômodo para o comércio de drogas, por isto os chefões decidiram matar os criminosos e de pronto informaram à polícia que a justica foi feita e não precisaria investigar mais nada. Inclusive com o esclarecimento de que a execução foi levada a efeito por equívoco, pois um dos facultativos tinha semelhança física com certo marginal
marcado para morrer. Triste realidade de um país dominado por marginais. E agora ? Tudo esclarecido e fica como está ? Ou haverá decência por parte das autoridades estaduais e do ministro da Justiça e da Segurança Pública, em determinar o prosseguimento das investigações para saber quem chefia e participa do tribunal do crime no Rio de Janeiro?
Sim, porque seus integrantes são narcotraficantes, indivíduos perigosos e caciques da criminalidade que deve ser combatida e extirpada para o bem da sociedade. É inadmissível que o episódio que vitimou três médicos seja concluído porque seus pseudos autores foram mortos, pois combater o crime sem tréguas é dever das autoridades públicas para que as populações não fiquem acuadas, amedrontadas e a mercê dos criminosos. Parece que o governo federal não tem esta preocupação, pelo fato do Presidente e do próprio ministro da Justiça estarem de mãos dadas com os narcotraficantes, mas os governadores e os cidadãos de bem devem agir com destemor levantando a voz e saindo nas ruas para exigir segurança pública e declarar guerra ao crime e àqueles por ideologia defendem os bandidos. Sejam estes ministros do STF, partidos políticos, Ongs e pessoas com cargos eletivos (ou comissionados) que estejam impedindo a polícia de subir os morros ou adentrar em favelas para cumprir o dever assegurado na Constituição Federal. Porquê o Estado brasileiro está perdendo a guerra contra os marginais, se tornando refém da própria violência e deixando o povo cada vez mais desesperançado…
“Combater o crime não permite trégua pois isto favorece os fora da lei. A Segurança Pública exige ação unificada e uma política nacional que permita uma só visão estratégica com objetivo válido para todos os estados membros. Força Policial Nacional é visão vesga com resultado pífio.”