Bar do Alemão
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Um dos lugares mais conhecidos por manter a tradição culinária alemã o Schwarzwald – Bar do Alemão, também conhecido no passado como Schwarzwald – Floresta Negra, começou a funcionar no imóvel da família Strobel em 1979 em Curitiba.
Em 1854, Christian August e Christine Strobel abandonaram a cidade de Poppengrun, na antiga Saxônia e se estabeleceram em São José dos Pinhais e Campo Largo, e focaram na produção de alimentos para abastecer os mercados locais. Depois vieram para Curitiba, onde as gerações seguintes atuaram em diversos segmentos. Um dos descendentes, Renê Strobel, abriu o Bar do Alemão em sociedade com Acir Guimarães, Reinaldo Strobel (seu pai) e Arthur Strobel (seu tio). Em 1985, Renê associou-se a Andersen Jorge da Silva do Prado, que até hoje mantêm a tradição alemã, tanto na culinária quanto na ambientação do bar.
Foi um dos primeiros bares a funcionar de madrugada em Curitiba depois do bar Palácio. A diferença é que, como ficava bem em perto dos teatros e cinemas no centro, foi-se desenvolvendo como um ponto de encontro depois das sessões. Andersen conta que muita gente famosa já passou pelo bar, mas sempre teve como hábito não os incomodar com pedidos de fotos. Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Poty Lazarotto e Ricardo Krieger estão entre os visitantes frequentadores.
O bar mantém acesa a tradição alemã por meio do cardápio e pela ambientação. A estrutura da casa e do galpão dos Strobel, foi preservada e até a caixa registradora que pertenceu a família continua lá.
Famoso local por manter relações intimas com os fregueses, rende inúmeras histórias interessantes: um cônsul da Alemanha, habitual frequentador, sentava-se sempre no mesmo banco (aqueles grandes de madeira) quando ia ao bar. Quando ele foi transferido, os funcionários do consulado ligaram para o Andersen pedindo o banco. Ele cota que não vendeu, mas deu de presente sob uma condição, que ele devia entalhar atrás “Restaurante Schwarzwald Bar do Alemão – Curitiba-Pr-Brasil”. E assim foi. O banco que cruzou os oceanos, encontra-se até hoje em solo alemão.
O prato mais pedido é a carne de onça. Iguaria que só existe em Curitiba. Mas como um bom e legítimo descendente de alemães, não poderia deixar de mencionar o Eisbein - (joelho de porco), o Kassler - (bisteca de porco), a Bockwurst - salsicha vermelha, a Bratwurst - salsicha branca, e o Marreco recheado - servido com purê de maçã, repolho roxo e salada.
Pratos extremante generosos, e servidos com muito apreço e carinho!
O jornalista Dante Mendonça relata uma história interessante sobre a carne de onça. Quando foi inaugurado o Bar do Alemão, na década de 1980, duas onças causavam medo entre os criadores de gado na região dos Campos Gerais. A apreensão era tão grande que a mídia se mobilizou para saber sobre os animais. Uma delas foi morta e a outra ninguém sabia ao certo por onde andava, aí é que surgiu a confusão. Tinha um colunista do Diário do Paraná, o Alcy Ramalho Filho, que acompanhando toda essa história da onça, destacou em sua coluna a indignação com o Bar do Alemão por servir carne de onça. Ele escreveu “Uma barbaridade! Onde estão as autoridades? ” Bem, o nome carne de onça tem origem, pelo hálito forte deixado pelos condimentos utilizados em sua preparação, apenas isso...
Um excelente aperitivo, e é claro, mantendo a tradição alemã, regado a muito chope!
Para quem gosta da culinária alemã, chope gelado, lugar simples e totalmente sem frescura, como eu gosto, fica a dica.
Bem, por hoje é isso, e para não esquecer, naqueles botecos que tiverem a possibilidade, façam como eu, peçam NO BALCÃO SEM FRESCURA....
#fui
BAR DO ALEMÃO
Endereço: R. Dr. Claudino dos Santos, 63 - São Francisco
Telefone: (41) 3223-2585
- PROJETO MEMÓRIA DO GOSTO -